segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Crónica de quem ama e não devia amar (Parte 3)

Com o passar do tempo, acho que notei que a conclusão da segunda parte estava errada. Quando disse que se deve amar, menti. Não, não amem, se for para serem ignorados como eu. Melhor ter Diabo comigo de que ela. O meu jogo falhou, perdi. Ela nunca me ligou, nunca se interessou, nunca quis saber e o que mais me dói, é que não tem coragem nem para me dar uma merda duma opinião. Custava-lhe assim tanto? Por muito que me ponha no lugar dela, não consigo perceber a frieza com que age. Será que ela ainda não entendeu que a amo?
Não me respondeu. E o mais sensato da parte dela, foi apagar todos os meus mails, que eu acho que nem sequer os lê. Como posso amá-la? Como é que ainda tentei lutar por ela? Nunca valeria a pena porque sempre me ignorou e sempre o fará! Embora a ame, amar mesmo fortemente, odeio-a com tudo que sou. És a pessoa mais futil, mais previsivel e mais cobarde que conheço. Se fosse outra pessoa não me admirava, mas agora tu, uma pessoa que enfrenta tudo e todos, que se faz de forte e no final é a pessoa mais cobarde do mundo? Embora não te conheça já havia de ter percebido de como eras, , e o que me diziam, afinal estava certo. Se cometer alguma loucura, nunca será por ti, mas para que sintas a culpa sob os ombros, para que saibas o que é ser culpado e sofrer. Se morrer, virei do inferno, para assombrar a tua existência, porque nunca terei descanso.
Não és mais uma ambição. Não és mais aquilo que quero. És agora aquilo que eu mais odeio, que eu mais quero eliminar da minha existência. Matar-te-ia se não tivesse de pagar pelo meu feito e de seguida matar-me-ia de remorsos, mas pelo menos, estarias pior de que eu, isso chegava-me.
Quero-te morta se isso me fizer sentir melhor! Quero que morras hoje, quero que o mundo te consuma e os males nele te devorem. Morre! Sai da minha vida….desaparece Cabra!
Não vou lutar mais. Depositei as minhas armas e preparei a minha cruz. Rendo-me! Vem buscar-me, tira-me desta agonia de rejeição. Perdo-a os meus pecados e deixa-me seguir-te. O AMOR não me salva, o AMOR não salva ninguem. Nunca cometam o mesmo erro que eu cometi. Nunca se aproximem mais do que o permitido. Nunca se deixem domar pelo amor nem pela pessoa que amam.

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