terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Recaída


Eu tento esquecer-te mas significas demasiado para mim! És-me tudo mesmo que te afastes e finjas que não existo. Ás vezes desejo matar-te, desaparecer. Outras, como agora, desejo que tudo fosse diferente, que nunca tivesses sabido que eras importante, que passasses apenas de mais alguém na minha vida. Mas tomei as piores decisões. Teres sabido foi a pior delas, mas não conseguia passar por ti sem que o soubesses e sem saber como me sentiria. Que vida de merda diriam muitos! Não tenho dúvidas que há melhores, mas acima de tudo, és e serás sempre parte da minha. Vida que já não tenho, porque a minha vida és tu. Pena, que não percebas ou finjas não perceber o que significas para mim. Mas prefiro que me odeies, prefiro ser odiada, do que permanecer neste silêncio que há entre nós.
Naqueles momentos de loucura, de lunática compulsiva, talvez não o seja. Talvez tente ser aquilo que não sou. Ás vezes preferia estar doente do que saudável. Preferia estar drogada, embriagada do que lúcida. Mas é na lucidez intacta, que vejo o quanto te amo. É por pensar, por ser demasiado correcta contigo e demasiado mártir comigo mesma, que descubro que preferia morrer a fazer-te mal. Não! Não me venham com vinganças! Já não tenho forças! Talvez tenha sido feita para vingar, mas nunca em ti. Não! Morreria de remorsos…
Mas permaneço com a certeza, de que a minha alma, já cá não está. As minhas preocupações cessaram, a guerra já terminou a muito tempo, aliás, nunca chegou a começar. Ok, rendo-me! Ganhas-te! Estás feliz por me teres tornado numa falhada, numa inútil, numa desgraçada sem ideais, sem amor, sem alma? Talvez estejas, não sei. Fico com a sensação de que tudo que observei durante dois anos, eram ilusões, ilusões apenas.
Ainda gostava de ter uma resposta, nem que apenas seja para dizer: “Desaparece”. Sei que fiz coisas que não deveria ter feito, sei que fui demasiado longe e tomei atitudes que nunca pensei em tomar. Ultrapassei os limites! Por isso, desculpa.
Não consigo! Juro que não consigo! Matai-me, enterrai-me tão fundo, que nem os meus gritos se ouçam. E eu deixo…levai-me, deixai-me descansar. Não tenho forças! Já disse que não tenho forças! Tenho os nervos dissecados e nas veias corre-me pó. Peço-te a ti, leva-me, nem que seja necessário que sejas tu a matar-me. Mata-me! Antes isso, que ser odiada.
Amo-te TAC

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