segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Codex


Não consigo decifrá-la. Todas as palavras passe estão erradas, todos os anagramas, nenhum dá certo, todas as analogias, nenhuma é para mim decifrável. És um código sem descoberta. Os anagramas são tão complicados que nem com mil dicionários se resolvem. E sinto-me inquieta, surpreendida de como consegues ser tamanho segredo.
E as notas de música, não me servem para a melodia e as letras que ponho e tiro, não servem, estão erradas. Tudo está errado. Já experimentei piratear-te, talvez descobrisse como decifrar-te, mas não encontro quem saiba piratear tamanha incerteza. És mesmo imparável, ninguém te decifra. Ó palavras, ó código dos códigos, de que me servem tantos saberes se não me servem para te saber ti? Tenho tudo: tenho as pistas, tenho os segredos, tenho os caminhos, tenho as cartas, tenho os lugares, e depois no fim, parece que não tenho nada. Nada disto me serve. Mas que código és tu afinal? Que procuras para seres tão resistente? E depois são as matemáticas, as adições que têm de ser subtraídas, divididas e depois multiplicadas á sexta potenciação…Maldita sejas matemática! Se fosse em ti boa, talvez já a teria decifrado…Tu e os teus problemas matemáticos, as tuas equações manhosas, os teus números de negação…
Ah…mas não és só tu, também estão envolvidos os teus vizinhos simbólicos, o ph, o π, as fórmulas quimicas, sim! Porque esses também não me ajudam.
No amor tal como no ódio há ph e há químicos que se expandem e se mutam.

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