sábado, 22 de janeiro de 2011

Consciousness

Once upon a time I had everything.

I lost it because the fight was too hard for me.

I couldn’t stand on my feet.

I found myself alone in that place,

In that place with my biggest fear right next to me.

I trembled.

I didn’t face it but I was frightened.

My conscious was travelling across the river,

Reviewing all the memories,

All the places alike,

Every word she said,

Every rule she mentioned.

My mind was full of stuff,

Shit,

Stupid vengeance thoughts that I have forgot.

I can’t say for sure what happened.

If she was too much for me or If I was too good for her.

Maybe It was a little of both.

Time has passed and the contact is almost dead.

What can I do?

Get my conscious from that river and start to react?

Even when my dreams tell not to?

Today,

I feel consciousness in everything that can touch my feelings and even my pride.

Because I am a proud woman.

I feel like I am a strange creature with membranes forbidden to love.

Incapable to be strong,

Strong enough to exist.

Try to do it is what keeps me alive.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Mutações


Vou transformar-me. Mutar. Trazer a metamorfose á minha existência.

Vou desviar atenções, deslocar ideias, variar de expressões. Rir, chorar, amuar ficou fora de moda. Vou remover a consciência, a pena, o pudor, a incerteza, a compaixão, o altruísmo. Vou ser eu contra tudo. Vou substituir as minhas prioridades e alcançar uma mudança mais que perfeita. Ideal. Vou alterar-me, exaltar-me se necessário. Vou prescrever o meu caso e avançar.

Vou percorrer, procurar uma outra simplicidade. Remexer a Terra. Sondar pessoas. Pesquisar novos caminhos. Esgravatar até o mais ínfimo ser até encontrar a perfeição que se adequa.

Vou persistir de algum modo. Vou manter-me lúcida e escrever. Vou permanecer até que decida levantar-me deste consolo mísero que tenho.

Rupturas


Há sempre falhas, erupções momentâneas, desculpas caridosas,
Ilusões destruídas, julgamentos antecipados.
Pseudo-relações situadas num tempo inexacto e num lugar a decidir.
Entregas totais, almas corrompidas pelos prazeres ditos da vida,
Emoções entaladas por obrigações anteriores e karmas que teimam em ficar.
Comentários para o ar sem nunca dizerem aquilo que se quer ouvir,
Picardias constantes com um significado obsoleto.
Histórias e mentiras que revelam grandes potenciais,
Novelas,
Dramas,
Que esperam sempre por um capitulo final.
Planos, certezas que passam a pertencer a uma idade precária.
Lugares que sabem mal, que soam e ressoam,
Ruídos familiares e nome associados.
Medos reconhecidos á lei do gozo,
Fraquezas estabelecidas por defeitos próprios e sem reembolso.
Notificações que chegam por telefone,
Barulho, estrondo, destruição.
Máquinas devoradoras, humanos,
Insatisfeitos e esfomeados.
Gula. Inveja. Avareza.
Pecados que se vêem pelas ruas disfarçados de Channel e gravata ao pescoço.
Plantas trepadeiras que consomem o granito,
Tapam a claridade,
Transportam-nos para a penumbra.
Vaidade, certezas de tudo querer e nada conseguir.
Morais dadas sem fundamento, baseadas na pior das tramas.
Traição a longo prazo,
Tráfico.
Desejos que sucumbem.
Vícios que se veneram como se veneram os Deuses,
Ditos imortais, até que o esquecimento lhes sugue a longevidade.
Presentes raros,
Que exigem originalidade para serem aceites.
Cidades em desenvolvimento,
Rotas pouco lineares com becos sem saída.
Escadarias cheias de verdade, história, abraçando o tempo.
Livros aos milhares, presos em estantes de carvalho mal tratadas.
Desrespeito, mutilações, perversidades.
Lei Marcial.
Amores escritos em papel, suposições, um Amo-te sem futuro,
Atracções fisicas.
Libido.
Um Procura-se esquecido numa esquina qualquer.
Fé,
Que comove a gente e move multidões.
Seres espirituais que procuram a perfeição.
Caminhada a sós de mão dada com a Fortuna.
Uma janela a abrir-se,
A casa vazia,
O temporal a criar o pânico.
Um lobo Alpha á solta,
Um lobo Omega abatido.
Um principio e um fim.
Clandestinos.
Forasteiros.