sábado, 11 de agosto de 2012

Terra Prometida

Há momentos na vida em que realmente pensamos se vale a pena continuar. Há destinos que se cruzam sem terem presente um futuro. Para quê cruzarem-se se os desvios são tantos e muito maiores? A questão poderia permanecer sem resposta e sem pertendentes a darem-na. Todos nos cruzamos... Por ideias, causas, interesses, concertos, a mesa no café... Até pelo amor. A única diferença entre estes meus exemplos é que as ideias transformam-se em novas ideias. As causas acabam quando atingem o objectivo pretendido. Os interesses mudam conforme mudamos. Os concertos existem várias vezes numa vida. A mesa do café existe sempre quando não temos apoio e precisamos de ser acompanhados por pessoas, seja a empregada seja o inquilino da mesa ao lado. O amor... O amor quando aparece dura para sempre. Mas é possivelmente o mais frágil, o mais facilmente destruído. E quando dois destinos se cruzam nasce ali uma possibilidade. Uma esperança que nos guia e nos diz que não nascemos para viver. Mas sim para amar. O amor move-nos e consegues trair-nos. Tornar-nos bobos de nós mesmos. Virar-se contra nós. O amor nasce e alimenta-se. Vai-se alimentando até que eu morra, até que tu morras. Sei que amor que é amor morre quando nós morremos. Só e apenas. Amor que se distingue dos outros é natural, cúmplice. É mais dar que receber ou até mesmo possuir. Amor não é possessivo. Amor é entregá-lo a outrém se percebemos que a felicidade de alguém depende disso. Amor não é ciúme mas sim confiança. Amor não existe. É a Terra Prometida.