sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Fuga Terminal


Estou a morrer. Esta doença terminal da qual sofro, chama por mim, exige que vá com ela.
Já não suporto mais a dor, o desespero, já não posso lutar mais, já me faltam as forças e tenho que desistir. Dar-me-ei como vencida se for preciso. Mas desisto! Leva-me! Porque esperas?
Consomes-me por dentro, corrois-me a cartilagem como quem corroi pobre metal. Que imundisse crias-te…Pensavas que me levarias sem que lutasse pela vida? Enganaste-te!Eu nunca desisto sem empreender primeiro a minha luta, mesmo sabendo que é pouco provavel que vença. Fugi-te durante tempos e tempos. Apenas á pouco deste comigo de novo! Consegui enganar-te, aliás, tu falhas-te na tua procura.

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