quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Arrependo-me de amar


Custa-me tanto saber que te fazes acompanhar por tanta gente, embora não o pareça! Estou ciumenta! Sinto ciumes de pessoas que mal conheço, pelo simples facto de que, estão contigo, não literalmente, mas partilham contigo averes, opiniões, riem-se contigo, fazem-te sentir bem! Lamento não poder dizer o mesmo! Lamento e sinto pena por mim mesma, porque não consigo falar-te pessoalmente…não é coragem que me falta, mas medo do que me possas dizer…Sinto-me temerária mas quem me faz temer es tu! Tenho medo de te perder, quando ainda nem sequer te consegui…Como é parva a vida! Tento por tudo olhar para ti mas as saudades invocadas e o amor que por ti sinto, não me deixam olhar sem que mostre os meus sentimentos…Nunca me senti transparente, mas agora, desde que sabes, sinto-me um cristal miseravel e ordinário, um simples cristal de onde tudo se vê e nada se esconde. Até quem não me conhece, pode ver que te amo! E tu arrebatas-me tudo que tenho, tiras-me a força, tiras-me a atitude, tiras-me o mistério, arrancas-me a alma, e deixas-me nua, sem nada, simplesmente eu e o que sinto, exposto ao mundo, aos que me olham, exposto a todos. E o que mais me irrita em ti é que me ignoras! Para não dizer, que passas todo o tempo a pensar que ainda sou uma criança, que tenho 17 anos, que não tenho vida, que sou o que sou, e tu achas-te superior e enriqueces a alma, achando-te assim….Porquê? Enganaste-me tão bem, e agora não lamento não ter-te dito antes, o quando te amava, não lamento não estar contigo, mas lamento amar-te, muito! Se pudesse voltar atrás, teria agido de maneira diferente, ter-te-ia encarado, como a pessoa vulgar e superior que és, como a pessoa fria e obsoleta que te tornas-te, como a pessoa cruel e egoista, que vieste a ser! Nunca teria sentido o que sinto agora! Mas agora é tarde! Não posso apagar o amor, não posso apagar o que fizes-te por mim, por todos, não posso encarar-te como a pessoa que te tornas-te, mas como a pessoa que eras…Eras sólida, eras um simbolo de respeito, de amizade, de cumplicidade, simples, eras amarga, mas tinhas consciência de que por dentro, eras fraca, frágil!
DESILUDISTE-ME! E tudo que agora sinto a mim devo! Não te culpo por nada, ao contrário dos outros, acho que as desgraças e as desilusões, se devem a quem as cria…Portanto, és inocente! Apesar de seres rude e de neste momento seres a pessoa que mais odeio, por outro lado semelhante, és a pessoa que mais amo, que mais quero, que mais ambiciono esquecer, porque me marcas-te, porque estás aqui e sempre estarás embora eu vá sempre tentar, com que não estejas mais.

AmoTe e não devia amar-Te

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