terça-feira, 10 de março de 2009

"Está tudo bem e o Resto é paSsado!"


Quero roubar-te essa dor, como se fosse parte de ti e deixasse de sê-lo! Temo por ti, preocupo-me com as causas e as consequências. Dizem-me “Deixa lá” mas todas essas expresões idiotas e sem razão de ser, me soam a eco e quando chegam a mim, já não significam nada ou muito pouco significam. Sabes que quando estou contigo, tenho a possibilidade de curar-te, embora quem precise de cura alguma, seja eu e não tu. Procuro-te e estás sempre pronta a seres encontrada. É incrivel, chega a ser entusiasmante estar contigo e reconhecer que estava doente e que afinal temo por ti e não por outra qualquer. Como se confundem os sentimentos é algo que não percebo, nem quero perceber. “Está tudo bem e o resto é passado!” E o passado torna-se estranhamente comtemporâneo, como se fosse e que ainda é. Mas tu desterras-o e mandas-o embora, como se o pusesses ás costas e o obrigasses a partir. Mas é deste meu passado que se constroi a minha história e não abdico em nada dela. Nem abdico das pessoas, nem das situações, nem das memórias. Só há um pequeno senão, que vais ter de compreender: se existiu por alguma coisa o fez. Percebe que há coisas que não se explicam, que há horas que não se contam, como aquelas que passo contigo e que não assim há tanto tempo, quereria passar com ela. Entende que mesmo assim, há algo nela que desejo. E começo a perceber que o facto de ser eternamente parecida com ela, me fazia crer que era mais do que isso. Dir-te-ia que te amo, mas não mais confundirei tal sentir. Apercebi-me de que me amo a mim mesma, que se danem os outros! Não dão mais que desilusões e desamores! Quero lá saber deles, mas quero saber de ti. Não por te amar, mas porque me és algo, porque te quero bem, porque também te desejo agora. És única tal como era ela, mas és diferente. És acessivel e posso dominar-te. E tu deixas que te dominem, como se boneca fosses e eu a menina prendada que te possui. É irónico como se desprende o futuro e o passado das minha mãos. Á uns tempos atrás, diria que tinha passado e que deixei de pensar no futuro. Mas agora quero vingar, quero esquecer que há passado por momentos e lembrar-me de que tenho futuro. E tu fazes parte dele. Sem mais encruzilhadas e discussões sobre quem somos e quem queremos, vamos partilhá-las. E aí veremos quanta importância podemos dar ás pessoas que nos são parte da vida. Agora sim, está tudo bem.

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