quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Valkyrs

I believe that my Soul will be taken by Valkyrs.
Women full of pride,
With power to rule beyond the worlds.
They will come for me one day like they come for everyone.
When they decide that my time has come,
That your time has passed.
My Soul will travel across their Limbo.
A place called Valhalla.
I will face Odin and pay my sacrifice.
What an Irony?
A woman taking my Soul when another woman has taken my Heart.
Women are known by their weakness and their fragility.
Never by their power of control and their shrewdness.
They choose what Soul to take and what heart to destroy.
They can kill.
They think to much.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Consciousness

Once upon a time I had everything.

I lost it because the fight was too hard for me.

I couldn’t stand on my feet.

I found myself alone in that place,

In that place with my biggest fear right next to me.

I trembled.

I didn’t face it but I was frightened.

My conscious was travelling across the river,

Reviewing all the memories,

All the places alike,

Every word she said,

Every rule she mentioned.

My mind was full of stuff,

Shit,

Stupid vengeance thoughts that I have forgot.

I can’t say for sure what happened.

If she was too much for me or If I was too good for her.

Maybe It was a little of both.

Time has passed and the contact is almost dead.

What can I do?

Get my conscious from that river and start to react?

Even when my dreams tell not to?

Today,

I feel consciousness in everything that can touch my feelings and even my pride.

Because I am a proud woman.

I feel like I am a strange creature with membranes forbidden to love.

Incapable to be strong,

Strong enough to exist.

Try to do it is what keeps me alive.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Mutações


Vou transformar-me. Mutar. Trazer a metamorfose á minha existência.

Vou desviar atenções, deslocar ideias, variar de expressões. Rir, chorar, amuar ficou fora de moda. Vou remover a consciência, a pena, o pudor, a incerteza, a compaixão, o altruísmo. Vou ser eu contra tudo. Vou substituir as minhas prioridades e alcançar uma mudança mais que perfeita. Ideal. Vou alterar-me, exaltar-me se necessário. Vou prescrever o meu caso e avançar.

Vou percorrer, procurar uma outra simplicidade. Remexer a Terra. Sondar pessoas. Pesquisar novos caminhos. Esgravatar até o mais ínfimo ser até encontrar a perfeição que se adequa.

Vou persistir de algum modo. Vou manter-me lúcida e escrever. Vou permanecer até que decida levantar-me deste consolo mísero que tenho.

Rupturas


Há sempre falhas, erupções momentâneas, desculpas caridosas,
Ilusões destruídas, julgamentos antecipados.
Pseudo-relações situadas num tempo inexacto e num lugar a decidir.
Entregas totais, almas corrompidas pelos prazeres ditos da vida,
Emoções entaladas por obrigações anteriores e karmas que teimam em ficar.
Comentários para o ar sem nunca dizerem aquilo que se quer ouvir,
Picardias constantes com um significado obsoleto.
Histórias e mentiras que revelam grandes potenciais,
Novelas,
Dramas,
Que esperam sempre por um capitulo final.
Planos, certezas que passam a pertencer a uma idade precária.
Lugares que sabem mal, que soam e ressoam,
Ruídos familiares e nome associados.
Medos reconhecidos á lei do gozo,
Fraquezas estabelecidas por defeitos próprios e sem reembolso.
Notificações que chegam por telefone,
Barulho, estrondo, destruição.
Máquinas devoradoras, humanos,
Insatisfeitos e esfomeados.
Gula. Inveja. Avareza.
Pecados que se vêem pelas ruas disfarçados de Channel e gravata ao pescoço.
Plantas trepadeiras que consomem o granito,
Tapam a claridade,
Transportam-nos para a penumbra.
Vaidade, certezas de tudo querer e nada conseguir.
Morais dadas sem fundamento, baseadas na pior das tramas.
Traição a longo prazo,
Tráfico.
Desejos que sucumbem.
Vícios que se veneram como se veneram os Deuses,
Ditos imortais, até que o esquecimento lhes sugue a longevidade.
Presentes raros,
Que exigem originalidade para serem aceites.
Cidades em desenvolvimento,
Rotas pouco lineares com becos sem saída.
Escadarias cheias de verdade, história, abraçando o tempo.
Livros aos milhares, presos em estantes de carvalho mal tratadas.
Desrespeito, mutilações, perversidades.
Lei Marcial.
Amores escritos em papel, suposições, um Amo-te sem futuro,
Atracções fisicas.
Libido.
Um Procura-se esquecido numa esquina qualquer.
Fé,
Que comove a gente e move multidões.
Seres espirituais que procuram a perfeição.
Caminhada a sós de mão dada com a Fortuna.
Uma janela a abrir-se,
A casa vazia,
O temporal a criar o pânico.
Um lobo Alpha á solta,
Um lobo Omega abatido.
Um principio e um fim.
Clandestinos.
Forasteiros.

domingo, 21 de novembro de 2010

Recuerdo I

Te envío poemas que escribo hoy. Mi puño y mi imaginación trabajan por fin.
Eras lo más puro que he tenido, la perfección imperfecta. Tengo mi corazón colgando en tus manos. Me espero que no lo dejes caer. Tu mente siempre ha estado a millas de distancia y no he sabido llegar a ella. Me tumbo. Me levanto. Y es la más pura corazonada de que nunca te olvidaras de mí que me mantiene intacta, viva, suponiendo que encontraras la felicidad.
No me cambiaria nada.
No puedo disculparte. Pero no tengo ganas de criticarte o juzgarte.
La idea principal es nombrarte como parte de mi, hacerte mía aunque no lo seas. Me recuerdas tardes de revista, en las que me diste todo aquello que pudiste ofrecer. Yo temblaba mientras oía. De pronto me mirabas y ocurría todo. Casi no te conocía y en dos minutos te echaba de menos. Me recordabas a alguien. Me recordabas un tren que nunca he cogido. Me recuerdas hoy algo que desearía tener. Como fue, como me sentía, como te quería…Solo yo puedo decir.
Cuando te ibas siempre regresabas.
Lo hecho está hecho. Lo que empieza siempre termina. El final ni siempre es bueno.
Pero me llevaré tu presencia adonde va.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

I'm back.

A base de toda a relação é a confiança, uma confiança cega, bruta, estúpida entre duas pessoas que não mais vou ter. A historia volta a repetir-se. Ou não me querem ou já têm alguém e eu torno-me um acessório no meio. A minha sorte é que os meus trunfos estão sempre lá á espera que eu recorra a eles.
Fiz outra má aposta e acabei com uma patada no rabinho.
Só para que os meus leitores saibam que voltei. :)

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Imaginate


Imagínate que el mundo giraba al contrario y en vez de andar con las piernas nos servíamos del ante brazo para cruzar la calle y de la cabeza para cambiar de sentido, llena de sueños e ilusiones.
Imagínate tener placer solo con hablar cayendo de tu boca palabras mojadas sin sentido.
Imagínate perderte en mis brazos como si no hubiese mañana. Beber de mi la esencia que te ilusiona y te da fuerza, esperanza y vigor.
Imagínate cruzar esos mismos brazos sin luchar nunca y acojonarte por ninguna razón.
Imagínate envidiar a todo aquel que el amor ha encontrado y escucharte en el silencio de la noche mientras la razón te llama de las oscuras cavernas del ser. Quiero creer en eso pero la ilusión nos mata el alma y nos rompe el corazón.
Imagínate quedarte debajo de la lluvia y no mojarte, acreditar que todo que pertenece a la naturaleza te pertenece a ti. Los árboles, el sol, el viento que solo sopla por ti y solamente para admirarte.
Imagínate leyendo un romance, absorbiendo todas las sensaciones como si fueran parte de ti y al fin sentirte como un personaje de película. Poder contemplar la belleza en varias formas, el miedo en muchas situaciones, el amor en muchos palcos.
Imagínate poder comprar la libertad por momentos y decidir no vivirla con miedo a defraudarte. Y el amor, poder comprarlo como si se vendiese en una tienda a precio de rebaja.
Imagínate besarme, mordisqueándome los labios y pidiendo perdón por eso cuándo el placer es mío y no desisto nunca de él.
Imagínate cruzar caminos y vagones de tren solo para encontrarme en el abismo de tu consciencia amargueada y muerta de hambre.
Imagínate besándome bruscamente usando la lengua como un accesorio indispensable en la busqueda por el placer. Castigándome por mis comportamientos poco ortodoxos pero que abren camino a nuestra relación, a todo esto.
Imagínate ojearme todos los días y descubrir cada parte, cada simbología de mi cuerpo, cada rancor de mi alma, cada defecto y virtud y constatar que me conoces tan bien como yo misma.
Pensar en tocarme de lejos, en poder mirarme a distancia, en tener envidia de todos aquellos que pueden apoderarse de mí.
Imagínate enloquecer solo porque te falta un beso, un toque de mis manos, la inspiración para escribirme, la razón para estar conmigo, una noche de sexo fatal en la que caigamos por fin.
Imagina mi cuerpo caliente en el frio de la noche salvaguardándote de la tempestad y de la neblina nocturna mientras dormimos en la playa después del placer más intenso, del calor más árido.
Imagina la luna poniéndose cuándo aun no hay camino a seguir. Nos perdemos mientras el beso nos toca los labios y la pasión nos besa el alma. Son solo sentimientos sin futuro los que sentimos hoy: la sensualidad, el rumor, la magia…Todo porque no hay medios que rompen este hechizo que me mantiene cautiva de ti.

sábado, 1 de maio de 2010

Ouvi Dizer

Ouvi dizer que o nosso amor acabou muito antes de ter começado.
Estava destinado a falhar, estava crucificado pela natureza imprópria do natural.
Já não basta não poder tocar-te, não poder beijar-te á força bruta como um índio que ataca o jaguar.
Já não basta comer e não sentir o sabor ou olhar e ver tudo sem cor.
Já não basta.
Já não basta.

Ouvi dizer que há quem escreva o teu nome na praia, rodeado de corais enfeitados.
Pode ser por as ruas estarem desertas ou por te sentir em toda a parte.
Durmo pelas dunas.
Enfrento as marés.
Vagueio pelo cais á procura de quem és.

Ouvi dizer que a procura é maior do que a oferta e que não há amores para todo o sonhador.
Por mais que fujas vais sempre ter algum sinal de viajante estrangeiro que passeia pela marginal.

Ouvi dizer que a compulsividade aguda faz contar as linhas do passeio.
Umas grandes, outras médias e outras onde não cabe um passou de fugitivo de perpétua que acelera o traseiro.

Ouvi dizer que o falhar faz crescer de menino a homem, de miúda a mulher.
Nada como aprender com a desilusão.
Que só nos dá uma única saída.
Seguir em frente e esquecer as mágoas do coração.

Ouvi dizer que um dia…

Ouvi dizer.

sábado, 19 de dezembro de 2009

LembrançaS a Carvão

Tudo que tenho dela é um único retrato,
Uma recordação pitoresca de algo que foi e que desconheço hoje.
Pálida sem tinta,
Numa folha prescrita a carvão.
Sem expressão fita meu rosto,
Pedindo-me que a retoque como se eu fosse uma artista,
Que lhe puxe aqui e lhe sombreie acolá.
E eu na minha ignorância respondo-lhe,
Fazendo dela um estudo anatómico de estética imperfeita.
Não posso pintá-la como não é,
A Realidade não tem nem deve ser necessariamente Bela.
Para mim era.
Percorro com o lápis a expressão numérica que lhe deu proporção,
E sem dar por isso, altero-lhe,
Modelo-lhe, Corrijo-lhe as gralhas e a falta de expressividade.
Levemente vai sorrindo e alteando as sobrancelhas,
Calmamente vai aceitando meu toque como aquele único,
Desejado, carinhoso, genuíno.
Agora sim vai sendo obra mas pede-me mais.
Quer cor, nitidez, brilho para que deixe de ser sonâmbula entre os livros,
E possa pousar na parede e fitar toda a sala.
Até que deixa de fitar…
Começa a ver e a esvoaçar olhares a toda a gente.
Quase propositadamente, oferecesse, esbanjando a sua personalidade híbrida
E fazendo palpitar todo o homem que anda á fêmea.
Enciúmo-me.
E começo a odiá-la ameaçando até apagá-la definitivamente desta folha de papel.
Não passa disso.
De um retrato numa folha de papel,
Mesmo pensando que é Deusa e que poderá tingir os céus.

sábado, 7 de novembro de 2009

Cais De Embarque


São horas de voltar para casa.


Por muito que percorra, só lá me sinto segura. Só lá me restauro para ser roubada e corrompida novamente quando voltar para este inferno de cidade grande e bem sucedida.


Estou sempre á espera de voltar. A semana passa-se e tudo que me move é o regresso.


Está frio aqui e chove compulsivamente.


Estar longe custa mas ultrapassa-se mais ou menos com um momento de solidão e de pensamentos sobre mim e sobre o que faço aqui. Sei que tenho de estar aqui. Eles querem que eu esteja aqui. É aqui que estou. Eles estão felizes e eu também devia estar.


Só o mar me acalma. Somos iguais. Ele revolta-se e irrita-se com o simples roçar dos barcos. E eu revolto-me e irrito-me com um simples encontrão no meio da rua. Até o mar tem mais sorte que eu. Dói-me muito mais a mim do que a ele. Mas ele entende-me e absorve tudo aquilo que me preocupa. Não me causa danos nem perturbações mas eu temo-o como se fosse a própria morte. Ele quer tocar-me, tem ânsia por mim. Às vezes, dá-me a sensação de que me quer falar e após uma longe espera, reparo que estava enganada. Que louca! Agora, o mar já fala…


Viro as costas e começo a caminhar sem destino. Percorro a costa uma e outra vez, e outra, e outra mais…E vou reparando que as pegadas que deixo vão desaparecendo, como se estivesse eu mesma a desaparecer ou pelo menos aquilo que eu tenho, aquilo que eu deixo, aquilo que eu penso que sou…A margem vai encurtando e eu distancio-me já perto do porto, onde uns retornam e outros começam a viagem.


E relembro a minha própria viagem, escrevendo num álbum poemas submissos e rancorosos de alguém que partiu de mim e jamais voltou. Sinto que fui um óptimo cais de embarque. E hoje, sinto que sou um barco encalhado de uma pequenez tal, nem avistado pela luz dos faróis nem visto pelos olhos das pessoas.